Fomos entrevistar a atual presidente Associação de Estudantes, Catarina Coelho, aluna do 12º ano. Aqui fica o resultado da nossa conversa!
Sinal - Porque querias ser presidente da AE?
Catarina Coelho - Ser presidente da AE não foi algo que quis desde o início. Na
verdade, nunca foi algo que tivesse desejado e em que tivesse pensado antes de
“embarcar” nesta aventura.
Tudo começou quando eu e um grupo de amigos decidimos formar uma
lista, com o intuito de lutar por uma Associação de Estudantes mais dinâmica,
que interagisse mais com os alunos e que os fizesse sentir que a Escola, além
de um local de aprendizagem, é também um espaço onde se podem realizar
atividades muito interessantes e divertidas.
Quando tomámos esta iniciativa, não decidimos logo os cargos de
cada um. Na verdade, optámos por esperar e ver quem melhor se destacaria para
os cargos da direção. Entretanto, cada um de nós (entre 12 elementos) votou
naquele que considerou mais apto a desenvolver os cargos de presidente e de
vice-presidente, sendo que eu e o Miguel Duarte fomos os mais votados. Assim,
assumimos esta responsabilidade e, juntamente com toda a equipa, trabalhámos
muito para atingir o objetivo de alcançar a Associação de Estudantes.
S - Em que se inspiraram para o nome da lista?
C.C. - Foi bastante complicado… Queríamos um nome com um significado
bastante forte.
A palavra “Strike” tem diversos significados, entre os quais, o ato de derrubar todos os pinos, à primeira tentativa, num jogo de "bowling".
Assim, quando nos lembrámos deste nome durante uma reunião, todos os presentes
concordaram imediatamente com o mesmo, pois, para além de ser uma palavra com a
qual todos estão familiarizados, também passa uma mensagem bastante
especial: a ideia de que nós (que simbolizamos a bola) “derrubamos” todas as
dificuldades (os pinos).
Assim, depois de uma votação entre todos os membros da lista,
“Strike” foi o nome eleito.
S -Tiveram algum percalço durante a campanha? E após a mesma?
C.C. - Sim, tivemos… Apesar de toda a nossa equipa estar bastante bem
organizada, foram surgindo alguns contratempos durante a campanha.
Um deles, que foi o que me deixou mais nervosa, ocorreu no
terceiro e último dia de campanha. Os nossos convidados para essa data — a
banda Grognation e o ator Afonso Maló —, residentes em Lisboa,
atrasaram-se na viagem até à Figueira da Foz, devido ao mau tempo, chegando
quase dez minutos depois do início do intervalo. O tempo de espera foi
desesperante, pois sabíamos que estávamos a desperdiçar tempo crucial da nossa
campanha. No entanto, conseguimos entreter os alunos com muita música e
animação e, no final, sentimo-nos bastante orgulhosos, pois, apesar do
contratempo, tudo resultou muito bem!
S - Pensam que tiveram uma boa adesão por parte dos alunos?
C.C. - Sim, sem dúvida! Aliás, isso foi o que mais marcou o nosso
percurso! Tanto antes, como após a campanha, foi notável todo o apoio que
recebemos por parte dos alunos. A verdade é que, com o decorrer do tempo,
formámos uma equipa bastante unida e empenhada.
S - Qual foi a sensação ao perceberem que a vossa lista tinha ganhado?
C.C. - Foi muito gratificante. Sentimos que todo o esforço e trabalho
árduo foram recompensados, pois, afinal, conseguimos alcançar tudo aquilo por
que sempre lutámos — a AE. Além disso, foi um orgulho enorme perceber que,
juntos, construíramos uma “família” e que tínhamos ultrapassado imensas
adversidades, que jamais imaginaríamos conseguir superar.
S - Foi difícil arranjar patrocínios?
C.C. - Bem… Não diria difícil, mas antes muito trabalhoso! De facto,
tivemos imensas reuniões com possíveis patrocinadores de lojas e empresas.
Apesar de termos ouvido muitos “não”, no geral tivemos um balanço bastante
positivo.
S - Quais os planos, este ano, a desenvolver pela AE?
C.C. - O nosso programa eleitoral inclui diversas atividades, desde ações
de solidariedade até ao desporto e lazer dos alunos, sendo que a solidariedade
foi e está a ser uma grande aposta por parte da AE.
Aqui deixo o nosso programa eleitoral, o qual já está parcialmente
a ser cumprido:
Desporto: torneios de futsal, basquetebol e “jogo do mata”; dias fitness;
caminhadas solidárias.
Lazer: torneio de LOL/CS; celebração de dias nacionais e
internacionais; workshops de dança, maquilhagem, música, costura,
fotografia e escultura; projeto “Música de Bar”.
Artes e eventos: festa de final do ano letivo; desfile de moda; palestras com
especialistas convidados; transmissão de mensagens de caráter social, através
da arte; sessões de cinema.
Comunicação: criação de um site oficial da AE e plataforma online com
recursos pedagógicos; rádio da Escola com dias temáticos e “discos pedidos”;
criação de uma “caixa de sugestões” para crescimento e melhoria da Escola;
criação de rubricas para divulgação de eventos; divulgação e apoio da AE face a
concursos/programas que abranjam toda a comunidade escolar.
Solidariedade: criação de dias solidários; realização de rastreios; palestras
sobre voluntariado; participação em ações de voluntariado em instituições da
nossa cidade; atividades com alunos com necessidades educativas especiais e
multideficiências.
S - O que podemos esperar da AE?
C.C. - A AE está totalmente disponível para todos, sendo que toda a
comunidade escolar pode contar com o nosso apoio incondicional! Além disso, a
animação e boa disposição estão sempre presentes, de forma a tornar a Escola
menos monótona e mais alegre!
S - Como és do 12.º ano, não consideras que seria mais benéfico que o
presidente fosse de outro ano?
C.C. - Ser do 12.º ano, na minha opinião, é uma grande vantagem, pois,
nesse ano, o nosso horário escolar é favorecido em relação aos anteriores e,
desse modo, permite-nos estar mais disponíveis. Além disso, ao longo dos anos,
a experiência também aumenta, o que nos leva a ter uma perspetiva e um modo de abordar
os restantes alunos mais maturada e diferente, seguramente para melhor!
Mafalda Mateus, 7ºB
Maria Pereira, 7ºD
Diogo Nogueira, 8ºD