quarta-feira, 31 de maio de 2017

Joaquim de Carvalho nas Conferências do Estoril



No dia 29 de maio, 62 alunos da Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho deslocaram-se até ao Centro de Congressos do Estoril, em Cascais, para assistirem à 5ª edição das Conferências do Estoril, cujo tema geral é Migrações Globais: Leaving Home in a Globalized World.
As Conferências do Estoril, já 5ª edição, a decorrer de 29 a 31 de maio, são um palco de debate entre os maiores pensadores de todo o mundo, centrado nos problemas inerentes à globalização. São organizadas pelo Estoril Institute for Global Dialogue, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, e contam com o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa. Para Amish Laxmidas, representante da Juventude das CE 2017, “a Cimeira da Juventude é um palco para todos os jovens em que a sua opinião conta”.
A organização deste evento convidou a Escola, por meio de dois embaixadores da mesma, ex-alunos da Escola (Manuel Santos e David Monteiro), a estar presente com alunos entre os 16 e os 19 anos. Para a sua seleção, a Escola definiu como o critério as melhores classificações a Filosofia no 10º ano.
O dia 29 de maio foi o dia da juventude e os alunos tiveram a possibilidade de ouvir os principais oradores, Rajendra Pachauri (Nobel da Paz 2007, em nome do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), do qual era presidente) e Fareeda Khalaf (autora do livro The Girl Who Beat ISIS, vítima de limpeza étnica e escravidão sexual).
Conquistar a força da juventude para o combate a todas as práticas que ponham em causa o futuro do Planeta foi o desafio lançado pelo Nóbel da Paz Rajendra Pachauri, do palco das Conferências do Estoril para todo o mundo. Percursor de um novo movimento para a juventude, o “movimento pop”, Pachauri pediu que os mais de mil jovens presentes assumissem o compromisso de influenciar os líderes do mundo.
A “Rapariga que venceu o ISIS” fez um relato dramático sobre o seu calvário no cativeiro às mãos dos jiadistas do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS) no norte do Iraque e emocionou a planeia. Há três anos, Fareeda viu a sua aldeia ser atacada pelo Estado Islâmico, viu o seu pai e o irmão serem mortos, foi sequestrada e usada como escrava sexual. Fareeda Khalaf contou, em lágrimas, a sua história, depois da vila onde morava ter sido ocupada pelos militantes do EI. Contou ainda as atrocidades que os militantes extremistas cometeram contra a população Yazidi local. A jovem relatou como ela e centenas de outras mulheres e crianças Yazidis foram vítimas de violência física e escravidão sexual às mãos dos militantes do ISIS.
No Estoril, fez questão de lembrar que ainda há mais de três mil mulheres Yazidis em cativeiro. “Como conseguiu ser tão forte?”, perguntou uma jovem que assistia ao seu depoimento.  “Antes do ISIS controlar a minha vila, o meu pai dizia-me sempre para ser forte. E era dessas palavras que me lembrava, no cativeiro, quando via crianças a serem espancadas e violadas”.
Da conferência saiu a proposta de criação de um "Passaporte de Segurança Global" para salvar vidas de refugiados.

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