quarta-feira, 7 de novembro de 2012

À conversa com a Profª. Graziela Carriço

       

Quando era pequena queria ser professora?


Não, porque queria ser médica. Vivia em Africa e, na década de 60, a minha professora de ciências disse-me que o curso de medicina não era para mulheres.  A mulher devia dar apoio à família e sugeriu o curso de farmácia, mas, como eu não gostava ,escolhi biologia.

Há quantos anos é professora?

Desde 1973( há 39 anos). Estou nesta escola desde 1985.


Se não fosse professora, o que seria?

Não sei. Penso que, olhando para trás, não houve nenhum momento em que não gostasse da profissão que abracei.  Fico muito feliz em encontrar alunos meus que agora são meus colegas.

Qual é o seu ídolo?
Não tenho ídolos… Tenho admiração por muitas pessoas que tiveram valor no que fizeram, na forma como o defenderam.

Tem algum lema de vida?

Tento estar bem comigo e estar bem com os outros.




Quais são os seus planos para o futuro? Como pensa ocupar o seu tempo?

Ainda não pensei nisso. Vai ser um desafio à imaginação…

Que disciplinas dá?

Dou biologia ao 12º ano e ciências naturais ao 7º ano.

Houve alguma situação marcante na sua carreira?

Recuando muitos anos, há situações que me vêm à memória e que, de alguma forma me marcaram, tais como:
algumas aulas que foram dadas em situações difíceis .  Lembro-me, por exemplo, do ano de 1974-1975, estava colocada na escola José Falcão e dava aulas com a polícia militar à porta da sala de aula. Foi um ano muito revolucionário naquela  escola de Coimbra;
o contacto com professores que orientaram a minha formação e foram muito responsáveis pela minha paixão pelo ensino e pela biologia;
a partilha de situações delicadas de alunos durante o seu percurso escolar que me permitiu olhar para cada aluno de modo diferente…

Quer deixar uma mensagem ao sinal?

Construam dia a dia, passo a passo, os vossos projetos. Não os abandonem. Só com muito trabalho e com paixão se consegue organizar uma vida que se pretende feliz. Sejam rigorosos no vosso trabalho – quanto maior for o rigor mais possibilidades de sucesso terão. Quando forem adultos, lembrem-se que é sempre possível melhorar um pouco e dar um contributo para um mundo mais igual. Basta querer e realizar. Aproveito esta oportunidade para agradecer a toda a comunidade educativa a disponibilidade, a consideração e a amizade que sempre demonstraram. Obrigada.

  



                                                          Ana Amaro 8ºA, Ana Torres 8ºA, Catarina Pena 7ºC, João Lima 8ºA, Guilherme Marques 7ºC.

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