quarta-feira, 28 de novembro de 2018

À conversa com ...o professor Hermínio Monteiro



B.I.
Nome: Hermínio Monteiro
Data de nascimento: 28 de dezembro de 1953
Número de anos de ensino: entrou na nossa escola a 1 de outubro de 1979
Tipo de música preferida: música de intervenção e fado; gosta de música que passe uma mensagem, tenha conteúdo
Filme preferido: apesar de ver pouco cinema, o seu filme preferido é o Dr. Jivago, sobretudo pela sua trilha sonora
Prato preferido: leitão e «um bom cozido à portuguesa»
Hobbies: agricultura e dirigente associativo de algumas associações

Sinal - Houve alguma razão especial na escolha desta profissão? E porquê a disciplina de Educação Tecnológica?
Hermínio Monteiro - Não houve uma escolha especial. Após o 25 de Abril, houve uma revolução no ensino e abriu uma área virada para as artes manuais (trabalhos oficinais) e nessa altura trabalhava com o arquitecto Isaías Cardoso. Foi uma forma de ganhar dinheiro.


S.- O que mais lhe agrada na profissão que tem exercido ao longo destes anos?
H.M. - O reconhecimento por parte dos alunos. Gosto que os meus ex-alunos, que já exercem, que têm a sua vida e trabalho, depois de tantos anos, me reconheçam, tanto de uma forma positiva, como negativa. 

S.- Houve algum aspeto que considere menos positivo? Qual?
H.M. - Uma das diferenças é que, atualmente, há menos respeito pelos professores. Quando alguém diz uma piada, há um borburinho que se espalha pela sala toda.


S.- Que mudaria no atual sistema de ensino? Porquê?
H.M.- Mudaria a responsabilidade por parte dos Encarregados de Educação. Penso que estes devem ter mais controlo sobre os seus educando. Devem averiguar, por exemplo, se têm o caderno diário organizado. 


S.- Houve alguma turma que o tenho marcado particularmente? De que maneira?
H.M.É complicado reconhecer a turma mais especial. Mas há sempre aqueles alunos que nos marcam, tanto pelo lado positivo como o negativo. 

S.- Conte-nos uma situação curiosa ocorrida numa aula.
H.M.Estava numa aula prática em que os alunos trabalhavam em madeiras e havia uma máquina com a qual só o professor podia trabalhar e, a certa altura, houve um aluno que ligou a máquina sem autorização e sem eu estar por perto. Apanhei um grande susto!


S.- Se não tivesse sido professor, o que desejava ter sido? Porquê?
H.M.Tinha sido desenhador projetista. Anteriormente trabalhava com arquitetos, e cheguei a trabalhar ao mesmo tempo que ensinava.  


S.- Qual foi a mensagem que tentou transmitir ao longo de todos estes anos ao grande número de alunos que ensinou?
H.M. – Acreditem em vocês mesmos. Sejam honestos na vida.

S.- E que mensagem deixaria para os leitores do Sinal?
H.M.- Espero que os leitores (do Sinal) sejam responsáveis, e que pensem no seu futuro.
Bruna Frederico, 11ºE
David Costa, 11ºE
João Levi, 7ºC
Marta Melanda, 11ºE
Maria Teixeira, 11ºC
Raquel Almeida, 11ºE






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