B.I.
Nome:
Hermínio Monteiro
Data
de nascimento: 28 de dezembro de 1953
Número
de anos de ensino: entrou na nossa escola a 1 de outubro
de 1979
Tipo
de música preferida: música de intervenção e fado; gosta de música
que passe uma mensagem, tenha conteúdo
Filme
preferido: apesar de ver pouco cinema, o seu filme preferido é
o Dr. Jivago, sobretudo pela sua trilha sonora
Prato
preferido: leitão e «um bom cozido à portuguesa»
Hobbies:
agricultura
e dirigente associativo de algumas associações
Sinal
- Houve alguma razão especial na escolha desta profissão? E porquê a disciplina
de Educação Tecnológica?
Hermínio Monteiro
- Não houve uma
escolha especial. Após o 25 de Abril, houve uma revolução no ensino e abriu uma
área virada para as artes manuais (trabalhos oficinais) e nessa altura trabalhava
com o arquitecto Isaías Cardoso. Foi uma forma de ganhar dinheiro.
S.-
O que mais lhe agrada na profissão que tem exercido ao longo destes anos?
H.M.
-
O reconhecimento por parte dos alunos. Gosto que os meus ex-alunos, que já
exercem, que têm a sua vida e trabalho, depois de tantos anos, me reconheçam,
tanto de uma forma positiva, como negativa.
S.-
Houve algum aspeto que considere menos positivo? Qual?
H.M.
- Uma das diferenças é
que, atualmente, há menos respeito pelos professores. Quando alguém diz uma
piada, há um borburinho que se espalha pela sala toda.
S.-
Que mudaria no atual sistema de ensino? Porquê?
H.M.- Mudaria a
responsabilidade por parte dos Encarregados de Educação. Penso que estes devem ter
mais controlo sobre os seus educando. Devem averiguar, por exemplo, se têm o
caderno diário organizado.
S.-
Houve alguma turma que o tenho marcado particularmente? De que maneira?
H.M.
- É complicado reconhecer
a turma mais especial. Mas há sempre aqueles alunos que nos marcam, tanto pelo
lado positivo como o negativo.
S.-
Conte-nos uma situação curiosa ocorrida numa aula.
H.M.
- Estava numa aula
prática em que os alunos trabalhavam em madeiras e havia uma máquina com a qual
só o professor podia trabalhar e, a certa altura, houve um aluno que ligou a
máquina sem autorização e sem eu estar por perto. Apanhei um grande susto!
S.-
Se não tivesse sido professor, o que desejava ter sido? Porquê?
H.M.
- Tinha sido desenhador
projetista. Anteriormente trabalhava com arquitetos, e cheguei a trabalhar ao
mesmo tempo que ensinava.
S.-
Qual foi a mensagem que tentou transmitir ao longo de todos estes anos ao
grande número de alunos que ensinou?
H.M.
– Acreditem em vocês mesmos. Sejam honestos na
vida.
S.-
E que mensagem deixaria para os leitores do Sinal?
H.M.- Espero que os leitores
(do Sinal) sejam responsáveis, e que pensem no seu futuro.
Bruna Frederico, 11ºE
David Costa, 11ºE
João Levi, 7ºC
Marta Melanda, 11ºE
Maria Teixeira, 11ºC
Raquel Almeida, 11ºE