Raquel
Lagoa frequenta o Curso
de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Fomos ouvi-la!
Como foi a
integração?
Ao contrário do que estava à espera, a integração foi
fácil. O Porto é uma cidade muito acolhedora, em todo o lado encontramos pessoas
bastante atenciosas sempre dispostas a ajudar. Em cada esquina ouvimos o
clássico: “Oh menina! É por ali! Está a bêr?”, o que facilitou a
minha chegada à cidade. A este nível, a faculdade de arquitetura também
não é exceção e mostrou-se hospitaleira. Confesso que não estava à
espera de conseguir fazer amizades num espaço de tempo tão reduzido, mas a
verdade é que, logo na primeira semana, conheci imensas pessoas, quer caloiros quer alunos de outros anos, que nos
acolheram de braços abertos e nos deram pequenas dicas para conseguirmos encarar
melhor esta grande mudança na nossa vida. Isto, no meu caso, foi importante
porque rapidamente constatei que a maioria dos meus amigos que terminaram o
secundário, foram para Coimbra ou Lisboa.
O lema por aqui é que “ninguém faz este
curso sozinho”, ou seja, a cooperação e a troca de ideias entre colegas é
determinante. Já realizei alguns trabalhos de grupo e deu para perceber
que todos os elementos são importantes e dependem do grupo.
Onde, de certa forma, se nota diferença é na grande quantidade de matéria
dada num curto espaço de tempo, a uma velocidade estonteante. No início é
difícil acompanhar, mas com o tempo vamo-nos habituando aos novos ritmos.
Contudo, não generalizo o que acabei de dizer, pois os cursos são
diferentes de faculdade para faculdade. No caso da arquitetura, sendo a
Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto considerada uma das melhores
da Europa, acredito que o ensino seja diferente. Aqui, desde o
próprio edifício - obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira - até aos professores
das várias disciplinas - nomes de referência na arquitetura nacional e
internacional - tudo está vocacionado para nos motivar.
Foram praxados? Qual a vossa opinião acerca das praxes?
Fui praxada sim, não por
obrigação, mas de livre vontade e depois de me terem esclarecido como era
vivida a praxe na Universidade do Porto. Aqui existe uma tradição académica
quase tão forte como em Coimbra, contando entre outras atividades, com a semana
da latada e a tão conhecida Queima das Fitas.
Especificamente na ‘minha’
faculdade, as praxes organizam-se em sessões, que decorrem uma vez por semana,
até ao final do ano. Ninguém é obrigado a ir a todas as sessões, nem tão pouco
a seguir a praxe até ao fim, tudo depende obviamente da vontade e disponibilidade
de cada um.
“Praxe é um conjunto de regras,
costumes e práticas que governam as relações académicas entre alunos de uma
instituição de ensino superior, baseado numa relação hierárquica.” Na prática é isto mesmo, e se for
baseada numa relação de amizade, respeito, cooperação, entreajuda e
principalmente se for dada liberdade de opção a cada um, estaremos perante um
importante elemento de união dentro do grupo.
Sendo assim, a (verdadeira)
“praxis” abomina quaisquer comportamentos de humilhação e discriminação, ao
contrário do que muitas vezes ouvimos nos media.
No fundo é uma tradição centenária no universo académico, com a finalidade de
integrar os caloiros.
Se a universidade podia viver sem
praxe?
Podia, mas, eventualmente, não era a mesma coisa!!!
Podia, mas, eventualmente, não era a mesma coisa!!!
Mensagem
final:
Aqui fica mensagem para todos os alunos da ‘Joaquim de Carvalho’, escola que me deixou
grande saudade e que recordarei para sempre com um carinho muito especial.
Desejo-vos muita sorte no percurso escolar e pessoal, e mais importante do que isso, que nunca desistam dos vossos sonhos e trabalhem para eles. Podem gostar muito ou pouco das matérias, dos professores, dos colegas, mas o que importa é acreditarem sempre em vocês e no vosso potencial. Podem ter a certeza de que todo esse esforço irá valer a pena!
Desejo-vos muita sorte no percurso escolar e pessoal, e mais importante do que isso, que nunca desistam dos vossos sonhos e trabalhem para eles. Podem gostar muito ou pouco das matérias, dos professores, dos colegas, mas o que importa é acreditarem sempre em vocês e no vosso potencial. Podem ter a certeza de que todo esse esforço irá valer a pena!
Aproveitem! Mas não se esqueçam que o Mundo precisa de vocês!
Alexandre Hing, 7ºD
Diogo Nogueira, 7ºD
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