quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As gaivotas

 A tarde cai sobre o edifício escolar, ermo, agora. Os seus inquilinos  temporários saíram há pouco, mal a campaínha soou, na urgência do regresso a casa. Nos corredores ouve-se o silêncio dos espaços solitários.
Cá fora, só as gaivotas fazem questão de permanecer, altivas, emproadas e alheias a quem passa.  Talvez pressintam tempestade lá longe, no mar, ou talvez apenas queiram mostrar que esta é a sua morada, o seu espaço, que são donas deste jardim e do tempo que escorre do alto.














Fotografia: Júlia Seiça
Texto: Heloísa Cordeiro

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