A tarde cai sobre o edifício escolar, ermo, agora. Os seus inquilinos temporários saíram há pouco, mal a campaínha soou, na urgência do regresso a casa. Nos corredores ouve-se o silêncio dos espaços solitários.
Cá fora, só as gaivotas fazem questão de permanecer, altivas, emproadas e alheias a quem passa. Talvez pressintam tempestade lá longe, no mar, ou talvez apenas queiram mostrar que esta é a sua morada, o seu espaço, que são donas deste jardim e do tempo que escorre do alto.
Fotografia: Júlia Seiça
Texto: Heloísa Cordeiro
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