No passado dia 30 de outubro, a turma de Línguas e Humanidades e uma
das turmas de Ciências e Tecnologias do 10º ano da nossa escola realizaram uma
visita de estudo à Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.
A viagem
começou com animação até à sede do nosso distrito e, antes de visitarmos a tão
bela Biblioteca Joanina, fomos dar uma “espreitadela” à tão conhecida Sé Velha.
A Sé Velha, de
estilo arquitetónico predominantemente românico, é uma das mais antigas sés e é
anterior à nacionalidade. Na sua escadaria os enamorados estudantes fazem as
serenatas durante a Queima das Fitas.
Já com a ponta
do pé na Universidade de Coimbra, descobrimos que esta foi mandada construir
por D. Dinis e que foi D. João III que estendeu o ensino superior de Lisboa
para Coimbra.
A Universidade
de Coimbra é a mais emblemática universidade de Portugal, não só pelas próprias
faculdades, como também devido a todas as tradições e histórias que estão
ligadas à mesma.
D. João V foi
o rei que mandou construir a Biblioteca Joanina, daí o seu nome. Esta foi
mandada construir devido ao crescimento da universidade.
Abrindo a
imensa porta da Biblioteca Joanina, pudemos confirmar a beleza de que tanto
falam: mobiliário revestido a ouro, prateleiras altas cheias de livros e de
conhecimentos e um cheiro inconfundível de descobertas e aventuras. Ao
observarmos bem, pudemos identificar as diferentes riquezas que o nosso país
tinha na época, como o ouro do Brasil e diferentes madeiras exóticas. Nesta
biblioteca, que conta com mais de 200.000 livros, estão presentes influências
asiáticas ao nível da decoração.
A porta
principal cria um isolamento sentido com o exterior, pois a biblioteca é um
espaço de estudo e de extrema concentração que não deve ser perturbada com as
distrações que vêm da rua.
Se olharmos em
volta, reparamos na imensidão de mobiliário em madeira que cria isolamento de
forma a proteger os livros da humidade.
Chegado o
final do dia, a luz natural que ilumina a biblioteca desaparece e, para não
ocorrerem acidentes com as velas, os alunos são obrigados a sair, podendo apenas
os professores ali permanecer.
Outra técnica
para proteger os tão preciosos livros, neste caso contra pragas de insetos, são
os morcegos. Durante a noite, pelas prateleiras altíssimas da biblioteca,
esvoaçam morcegos, com a missão de preservar tão importantes fontes de
conhecimento.
Algo curioso
sobre a Universidade é que esta tinha uma prisão académica, onde eram presos
alunos e professores por desrespeitarem as regras, como roubar ou estragar um
livro da biblioteca, desrespeitar um professor e até mesmo chegar atrasado!
Havia celas
conjuntas e solitárias e era também para lá que iam alunos que tivessem ideias
diferentes ou que quisessem mudar o mundo.
Para além da
Capela, onde se realizavam cerimónias religiosas, e a famosa via latina onde,
naquela época, só se falava o Latim, é importante relembrar a torre da
universidade que marcava os horários que apenas eram cumpridos 15 minutos
depois, devido ao famoso e persistente “quarto de hora académico”.
A Sala dos
Capelos é a sala mais importante da universidade pois é lá que se apresentam as
teses de doutoramento, que podem ter mais de 500 páginas!
A Universidade
de Coimbra, no seu conjunto, tem imensas aventuras por viver, cantos e recantos
por descobrir e curiosidades para matar.
Esta foi uma
viagem enriquecedora que nos permitiu abrir horizontes e sonhar um pouco mais
alto no que diz respeito aos nossos objetivos futuros.
Mafalda Infante 10º F
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