quarta-feira, 4 de março de 2015

Um dia, em Mafra..



26 de fevereiro. 7.30. Portão principal da Escola.
4 autocarros, 8 professores, 174 alunos. Destino – Mafra.
O ar ensonado dos presentes rapidamente dará lugar a animadas conversas. À nossa espera, o majestático Palácio Nacional de Mafra ou a História de um edifício que nos transporta para o século XVIII.
Instalamo-nos para assistir ao espetáculo teatral. Perante nós desfilam personagens históricas e ficcionais. Blimunda, Baltasar e Bartolomeu – a Trindade Terrestre – conjugam esforços em torno da materialização de um sonho tão antigo como o próprio homem, o de voar, construindo a passarola. Em contraposição, temos um rei, D. João V de seu nome, que fez a promessa de construir um convento, mas que, transportado pelo seu desejo de grandeza, leva a sua vontade mais longe: um convento para 300 frades franciscanos, um palácio e uma basílica que ele chegou a idealizar semelhante à de São Pedro de Roma! Quem os construirá, porém, serão homens do povo (cerca de 52 mil!), a gente anónima que Saramago pretende homenagear e imortalizar na sua obra Memorial do Convento. Esses são, segundo o autor, os verdadeiros heróis que, levados à força, em muitos casos, permitiram que a obra se erguesse para a posteridade.
Depois, ainda há uma visita guiada ao palácio e à basílica.
De qualquer forma, esta é uma viagem no tempo que, com as devidas adequações, bem nos poderá fazer refletir sobre a condição humana, a exploração do homem pelo homem e a nossa miséria. A lição mais importante a retirar: aquilo que realmente conta na vida do “bicho da terra tão pequeno” resume-se ao poder do amor e do sonho.



No exterior do palácio

No interior da basílica

Cúpula da basílica
Altar da basílica

No interior do palácio
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