A primeira entrevistada é a Glória de Sá Pereira, ex-presidente da Associacão de Estudantes, aluna do Curso de Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico.
Como foi a integração?
Com os colegas foi fácil. Como não conhecia ninguém, tive mesmo necessidade de fazer novas amizades e não era a única "à procura" de amigos.
Com a cidade, já foi menos pacífica... Não estava habituada a estar a mais de 10 minutos a pé da "escola"; ter de andar uma hora de transportes públicos todos os dias, custou.
Como são as aulas? Qual a diferença entre as aulas do secundário e as da universidade?
As aulas teóricas são em auditórios com cerca de 200 pessoas, inclusive de outros cursos. Só aí, já há uma diferença gigantesca com o secundário, mas talvez o que me tenha custado mais foi não perceber as coisas à primeira e o professor não esperar até que eu percebesse. Com isto acabei por, nas primeiras semanas, achar que era a única que não percebia e que tinha vindo para o curso errado, quando na verdade estávamos todos no mesmo.
Nas aulas práticas, são já turmas menores (no meu curso de 30 pessoas) e aí sim, o professor já tem outro cuidado, mas mesmo assim continua muito, muito distante daquilo a que estava habituada no secundário.
O que ainda me faz confusão, passados quase dois meses, é que os professores não sabem o meu nome, nem sequer os das práticas: sou apenas uma série de números aleatórios.
Foram praxados? Qual a tua opinião acerca das praxes?
Fui praxada, sim, e adorei. No meu curso posso dizer que não é uma praxe "a sério". Esta serve mais como uma forma de conhecermos os nossos colegas de outros anos para, depois, quando precisarmos de alguma coisa ou tivermos alguma dúvida, não termos vergonha de pedir ou perguntar.
Mensagem para o Sinal:
Agora um aparte para vocês, jornalistas do Sinal: aproveitem o liceu, não tenham pressa de cá chegar! Os professores aí lutam sempre por vocês, nunca se esqueçam disso. Desejo-vos a melhor sorte!
Ana Cláudia, 10ºA
Rita Almeida, 10ºF